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Rádio Independente FM®

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A ARTE DE (ENCANTAR) CONTAR HISTÓRIAS

          A narração de histórias remota os princípios da comunicação do ser humano. Na antiguidade era forma pelo qual o conhecimento era adquirido. Os nômades , viajantes, andarilhos e todos os tipos de pessoas viajantes e viajadas, sempre narravam suas histórias, suas aventuras e andanças pelo mundo, aos ouvintes que se interessavam por tais fatos e narrativas, e através delas, absorviam o que lhes interessava, fazendo uso desta informação da maneira que mais lhes era pertinente.

          Nos dias atuais a narração de histórias, ou a arte de contar histórias e uma atividade ligada a diversos afazeres e voltada para cada momento diferente, porém ainda com o mesmo objetivo especifico, que é construir no ouvinte um momento auditivo de interação com o contador de histórias, de modo tal que através deste contato, as histórias possam imprimir algum sentido direto na vida destes ouvintes, servindo de meio interativo para a caracterização do seu espaço, fazendo com que este ouvinte possa fazer ligações com seu cotidiano e desta forma, ajudar a este ouvinte na percepção de sua realidade, e como agir para modificar o que desejar.

           Através das histórias observamos a nossa própria vida e fatos ocorridos, através da comparação pensamos e repensamos nossas atitudes.

           A contação de histórias deve ser exercida para pessoas de todas as idades, em todas as condições. Crianças, jovens, adultos e idosos, todos se interessam por uma boa história contada, e todos acabam fazendo ligações individuais com a narrativa.

         A contação de histórias e ferramenta muito bem utilizada também em diversos momentos, porém e mais validos citar dois momentos, os quais, me interessam mais.

          Primeiro no apoio/auxilio no tratamento de crianças enfermas e doentes, claro o contador de histórias deve antes de tudo ter um discernimento muito bom para saber bem qual a história deve ser contada, deve antes ater-se a realidade da crianças hospitalizadas e ai sim escolher temas e historias que auxiliem de forma positiva no tratamento destas crianças.

         E por segundo, a contação de histórias no ambiente da Biblioteca Escolar, enquanto auxilio/apoio ao incentivo a leitura de crianças. Esta atividade e de suma importância neste contexto devido mediação que pode ser feita entre os livros e as crianças, o lúdico, as imagens, a narrativa, desperta nas crianças que estão sendo alfabetizadas o interesse pelo livro e pela literatura, fazendo com que estas façam ligações diversas com o texto narrado e seu universo infantil.

          É uma arte encantar e contar histórias!


                       A Importância Do Saber Contar Histórias Na Educação Infantil

         Ler histórias para crianças é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, é suscitar o imaginário, é ter curiosidade respondida em relação a tantas perguntas, é encontrar ideias para solucionar questões. É uma possibilidades de descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos.
        É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes como a tristeza, o pavor, a insegurança, a tranquilidade e tantas outras mais.
          “É através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica...É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula...”.( ABRAMOVICH, 1995, p. 17).
        A leitura é uma forma exemplar de aprendizagem, é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da linguagem e da personalidade. Favorece a remoção de barreiras educacionais, principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual, aumentando a possibilidade de normalização da situação pessoal de um indivíduo.
       A exposição à leitura da histórias no seio familiar durante os anos pré-escolares, leva muitas crianças ao sucesso escolar. As crianças que vivem num ambiente letrado desenvolvem um interesse lúdico com respeito às atividades de leitura e escrita, praticadas pelos adultos que a rodeiam. Esse interesse varia de acordo com a qualidade, freqüência e valor destas atividades realizadas pelos adultos que convivem com as crianças. Se uma mãe ler para seu filho textos interessantes e com boa qualidade, nota-se que estará transmitindo a ele informações variadas sobre a língua escrita e sobre o mundo. Isso é de suma importância para a criança, pois irá levá-la a interessar-se cada vez mais pela leitura das histórias ouvidas.
         Ao adentrar no mundo escolar, a leitura não mais se realizará como na família, devendo sofrer modificações que são vitais para o desenvolvimento da aprendizagem. Para poder transmitir à criança uma visão clara do que se está lendo, o contador de histórias deverá ter algumas atitudes, tais como:

•    Visualizar o livro para a criança, através da exposição das gravuras;
•    Ler de forma liberal, porém clara e agradável, atraindo a atenção da criança;
•    Manter-se aberto para as perguntas das crianças, incentivando a troca de comentários sobre o texto lido.
Contar histórias – uma maneira inteligente, divertida e mágica de mudar a vida do seu filho
         A partir do primeiro ano de vida, os bebês começam a se interessar por muitas novidades. Entre as mais interessantes e poderosas estão os livros. A leitura é um enorme estímulo para à criatividade, a imaginação, a inteligência, a capacidade verbal e a concentração da criança.
        O hábito da leitura deve ser construído desde o berço, com persistência, dedicação e entusiasmo, pois será a grande chave para a formação da criança em todos os sentidos. É fundamental que ela aprenda a buscar conhecimento, cultura e diversão através da leitura desde a mais tenra idade. Os livros devem estar presentes no seu dia-a-dia, assim como os brinquedos. A leitura de histórias enriquece os pequenos e faz com que mergulhem em um mundo de aventuras, distração e riquíssimas informações.
         O importante é que o ato de ler, se possível todos os dias, é o que levará seu filho a um momento tão gostoso que é a aventura do saber e do conhecer. Além disso, quando os pais compartilham desse espaço diário de leitura na vida dos filhos, estão fortalecendo um laço especial entre ambas as partes. A criança deve aprender a ouvir histórias desde muito cedo.
        Recomenda-se, entretanto, que os pais façam com disciplina e que valorizem o momento da leitura com os filhos. De certa forma, podemos dizer que a hora de dormir é o mais recomendado, pois é uma forma de tranquilizar e fazer a criança adormecer com boas sensações.
       Deve-se estabelecer um determinado horário, criar um clima adequado e diversificar os temas dos contos. Algumas dicas interessantes podem proporcionar mais humor e entusiasmo, como pequenas alterações na expressão facial, na postura e no tom de voz.
       A combinação do lúdico com a expectativa da próxima história fará desse momento o mais esperado do dia, ou melhor, da noite.

Como contar histórias?
Muitas pessoas ao se depararem com uma situação onde necessitam contar uma história dizem que não sabem ou que não conseguem fazê-lo. Na arte de contar história não há uma receita pronta, porém existem algumas dicas que podem ser úteis no decorrer deste momento.

•    Passe segurança! Não se desculpe ao começar, nem em palavras nem com uma expressão corporal encurvada.
•    Conte em suas próprias palavras. Deixe a imaginação funcionar - isto é o que cria mágica e não malabarismos da memória.
•    Se der branco, continue. Não faça caretas, chingue nem desculpe-se. Continue descrevendo detalhes de cores, locais.. isto estimula a imaginação e ajuda a memória.
•    Mantenha as histórias até 10 minutos de extensão. Ensaie e cronometre.
•    A introdução é crucial. Você vai ganhar ou perder nos 3 primeiros minutos dependendo de como você começa.
•    Você tem que criar sua audiência no grupo de crianças, cada uma com seus próprios pensamentos e focos de atenção, antes que você possa começar a contar uma história para elas. Deve haver, na introdução, o indício de que coisas excitantes irão acontecer, incitando a curiosidade, unindo as crianças em antecipação. Não dê tudo na introdução. Sempre mantenha um certo nível de mistério, antecipação e surpresa durante toda a história.
•    Nós adultos tendemos a subestimar a capacidade das crianças de imaginar e fantasiar, e assim, muitas vezes fazemos muitos esforços para explicar ou justificar o cenário, ou explicar tudo com detalhes. Na verdade, o que atrai as crianças é a possibilidade de entender os aspectos implausíveis da história depois; o que é ótimo, você tem a atenção delas e elas ficarão pensando no que você disse.
•    Para contar histórias você precisa de um pouco de habilidade em vendas, sinceridade (não tente fingir alegria, tristeza, etc.. seja verdadeiro!), entusiasmo (não significa ser barulhento ou artificial), animação (em gestos, voz, expressão facial) e mais importante, ser você mesmo.
•    Mantenha simples e direto.
•    Uma vez terminada a história, não fique divagando e corrigindo. Deixe os pensamentos das crianças presos no ponto da história, na mensagem central.
•    Quanto mais você praticar, melhores ficarão as suas técnicas. Teste diferentes métodos, seja criativo. Você sempre aprende com suas experiências.
•    Tenha certeza de colocar algum drama, suspense na história. Deve haver uma situação que dirija ao clímax e ao final da história. O conflito pode ser introduzido imediatamente ou aos poucos para aumentar o suspense e a intriga. Tente levar os ouvintes a se preocupar junto com os personagens e se envolver com o que acontece.
•    Crianças aprendem com seus sentidos. Elas adoram sentir, cheirar, tocar, escutar e ver. Descreva personagens e locais vividamente, ajudando-os a solidarizar-se com os personagens.
•    Numa audiência mista, tente colocar a história ao nível do mais novo.
Diferenças entre ler e contar histórias
         "São duas coisas muito diferentes, porém ambas muito importantes. Um texto escrito segue as normas da língua escrita, que são completamente diferentes daquelas da linguagem falada. Quando uma criança ouve a leitura de uma história ela introjeta funções sintáticas da língua, além de aumentar seu vocabulário e seu campo semântico. Porém, aquele que lê a história deve dominar a arte de contá-la, estar preparado suficientemente para fazê-lo com apoio no texto, sabendo utilizar o livro como acessório integrado à técnica da voz e do gesto.
        Além disso, quem lê para uma criança não lhe transmite apenas o conteúdo da história; promovendo seu encontro com a leitura, possibilita-lhe adquirir um modelo de leitor e desenvolve nela o prazer de ler e o sentido de valor pelo livro.
          Há opiniões divergentes neste campo: alguns autores consideram que o contador sem o livro tem mais liberdade de acentuar emoções, modificar o enredo segundo as reações da criança e portanto, melhor comunicação com o público infantil. Teria ainda mais disponibilidade para trabalhar sua voz e seu gesto.
          Somos partidárias, neste aspecto de que o importante é como ler e como contar, porque é preciso que se tenha técnica e preparo para despertar o desejo e o prazer das crianças."

Como contar histórias
       As histórias infantis têm papel fundamental na formação do indivíduo, tornando-o criativo, crítico e capaz de tomar decisões. Quando se conta uma história, deve-se ter em mente que aquele momento será de grande valia para a criança, pois através desses contos será formado um banco de dados de imagens que será utilizado nas situações interativas vividas por ela. Recomenda-se que o educador faça todo um ritual antes do momento de contar histórias.
      O ideal é que o professor, ao contar uma história, tenha uma diversidade de estratégias sendo consideradas como principais: tocar a imaginação dos alunos, saber como utilizar a expressão corporal, o ritmo, o gesto, e principalmente a entonação da voz, fazendo com que nesse momento a criança fique envolvida pelo encantamento e pela fantasia.
      Sugere-se ao professor que crie em sua sala de aula o livre acesso aos livros através de um cantinho de leitura no qual fiquem disponíveis aos alunos livros, revistas, jornais etc., facilitando o manuseio.
     Orienta-se que o professor se informe mais sobre os aspectos que estão envolvidos na apropriação no processo da leitura e seus aspectos fundamentais na visão linguística, psicológica, social e fisiológica. Ressalta-se que quando se tem domínio de certo papel a desempenhar o resultado é totalmente diferenciado e qualificado.

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